Vi
gnomos seduzindo fadas;
Vi
sapo transformado em príncipe;
Vi
uma aranha amedrontando um guerreiro;
Vi
as estrelas disputando como loucas o amor da lua;
Vi
os cristais lindos nos olhos de uma bruxa;
Vi
a miscigenação contagiante de um povo aberto e transparente;
Vi
a chapada despida nas lentes de Rui Resende;
Vi
a alegria de amigos, redescobrindo como é lindo a amizade;
Vi
hortênsias, margaridas, lírios, uma mistura de cores, vi o local do
descanso eterno, cheio de arte embreadas
nas
rochas esculpidas pelo tempo em Mucugê.
Vi
beija flor saltitante, alegre e colorido saudando a todos
que
respeitam a natureza;
Vi
as cores dos lençóis embelezando os dias
nas
mãos de suas adoráveis lavadeiras;
Vi
estradas sinuosas com curvas perigosas, como de uma mulher
sedutora
nos desafiando em ir adiante;
Vi
o velho e o novo em comunhão
Vi
olhos que não me enxergavam
Vi
sorrisos que me foram presenteados
Vi
e vivi momentos únicos
Vi
estradas íngremes, cheias de pedras e poeiras, descendo e subindo
na busca alucinante de desvendar mistérios nas trilhas do Vale do
Capão ;
Vi
olhares hipnóticos, vi índios com negros, vi a união perfeita
entre os
povos,
a alegria em conhecer o outro sem distinção, de cor, credo ou sexo,
apenas unicamente em dividir a energia com outro.
Vi o brilho enigmatico de Luiza;
Vi o frescor maduro do rock de Frejat;
Vi a negritude linda de Margarete;
Vi
o real e o imaginário entrelaçados, um lençol de retalhos
lindamente costurado em Lençóis.